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"A música é a maior expressão do espírito depois do amor!"

  • PASCOM
  • 5 de fev.
  • 3 min de leitura

Eles emprestam suas vozes para ajudar o povo de Deus a orar. Multitalentosos, muitos tocam diferentes instrumentos conferindo à celebração um toque especial.

Edson procura a conexão com o sagrado

Além de torná-la mais dinâmica e aconchegante, o canto ajuda a construir e manter a unidade na Santa Missa, propiciando um aprofundamento da espiritualidade por meio das músicas que são executadas.

Na Paróquia da Ressurreição do Senhor, diferentes cantores se revezam para garantir um canto de qualidade durante todo o tempo.

Presente há mais de 20 anos em Ondina, Edson Cerqueira chama atenção com sua voz firme e afinada. Quem o ver atuar, não imagina que sua carreira na música religiosa foi iniciada com um desafio: convencer uma Irmã da congregação das Ancilas do Menino Jesus que sabia cantar, apesar dos seus 16 anos de idade.

"Ela me deu o violão e disse: 'toque aí pra eu ver'". Aprovado, ele começou a tocar em diferentes paróquias e não parou mais.

Naquela época, o músico não possuía a consciência litúrgica que tem hoje.

Da bem sucedida trajetória, ele resgata fatos curiosos, como a gravação feita pela Madre Nunes Consuelo, enquanto ele cantava na Escola das Doroteias, na Cúria, onde ia estudar piano quando garoto. "A irmã colocava um gravadorzinho próximo à caixa de som e registrava tudo", lembra ele.

Apesar da alegria que sente, um fato ainda o entristece: a falta de importância que alguns músicos dão a este trabalho.

"Tocar na Igreja não é simplesmente dar três, quatro acordes, saber fazer uma coisinha no violão. É muito além disso. Você precisa estudar todos os dias", ressaltou Edson, destacando que também é necessário estabelecer uma conexão com o sagrado, o que ele procura fazer, de forma solitária, antes de cada celebração.

"Na verdade eu não estou sozinho, eu sei para Quem eu estou cantando. E é justamente ali que você aprende a buscar a emoção e transmiti-la para as pessoas, quando não tem ninguém lá dentro (da igreja)", pontuou.

Por isso que Edson vê em cada um e cada uma que toca e/ou canta uma grande ferramenta de Deus.

"Tocar na Igreja é uma missão. Quando a pessoa entra na igreja, não pode sair da mesma forma. E a música tem um papel fundamental nisso. Quem vem pra igreja não vem pra ouvir barulho, não vem pra ouvir qualquer coisa. Quem vai cantar tem que estar preparado, não pode sair de casa de qualquer forma, porque vai fazer uma coisa especial: vai servir como instrumento", ressaltou ele.
A Voz de Helena virou marca

Outra que pensa da mesma forma é Maria Helena. Moradora da Comunidade do Sagrado Coração de Jesus, desde cedo se encantou pela música e chamou a atenção das pessoas quando começou a cantar.

A voz grave e, ao mesmo tempo, suave foi percebida pelo antigo pároco, padre Cristóvão Przychocki, que a incentivou a continuar. Para isso, ele presenteou a jovem com um violão, com o qual Helena, como é mais conhecida, aprofundou seus estudos musicais divulgando o resultado no seu perfil do instagram: @vozdehelena.

Atualmente, assim como Edson, ela toca em casamentos e anima diversos eventos nas comunidades da paróquia, o que a deixa feliz por servir. "Tocar para Deus é especial", pontuou.

Apesar de atuar como administradora, Helena se realiza quando solta a voz para exaltar ao Senhor.

"Eu vejo a música como uma ponte que nos leva a Jesus", justificou.

Se unindo às vozes dos dois, Rita de Cássia Bacellar chega com seu canto agudo e belo, conferindo destaque para execução de músicas como a Ave Maria.

"É uma Graça e alegria tocar para Deus e também ser instrumento d'Ele para tocar os corações de nossos irmãos", frisou a artista, que teve ao seu lado uma companhia singular.

"Até o ano passado, minha mãe me acompanhava no órgão. Agora, me acompanha do céu", falou.

Rita, inclusive, começou a cantar a fim de que sua mãe pudesse continuar tocando para Deus, porque esse era o seu ideal!  "A Freira que sempre cantava com ela, por questão de saúde, não pôde mais cantar. E como não havia ninguém mais, eu assumi", contou Rita, que também toca piano e órgão.



Para a cantora, essa experiência trouxe uma compreensão inquestionável sobre a importância das melodias e letras ouvidas nas Santas Missas.

"A música é a maior expressão do espírito depois do amor", afirmou.

Silvana Lima (Pascom)

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