top of page

Arquidiocese realiza Assembleia Pastoral 2025 e lembra: "ninguém é dispensável"

  • PASCOM
  • há 1 dia
  • 4 min de leitura

Na manhã deste sábado, 22 de novembro, a estrutura pastoral arquidiocesana da comunidade de Salvador esteve em destaque na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral 2025, um encontro marcado pela revisão da caminhada evangelizadora e pelo fortalecimento do compromisso com a missão permanente. O evento aconteceu das 8h30 às 13h, no Auditório Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, na Cúria Metropolitana Bom Pastor, no Garcia.



Participaram do encontro o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Sérgio da Rocha; os Bispos Auxiliares, Dom Marco Eugênio, Monsenhor Gabriel dos Santos Filho e Monsenhor Gilvan Pereira Rodrigues; além de párocos, administradores paroquiais e vigários; capelães e reitores de santuários; diáconos; além de coordenadores dos Conselhos Pastorais Paroquiais (CPP), representantes de pastorais, movimentos, comissões, Novas Comunidades, Vida Consagrada, associações, CEB’s, ação missionária, irmandades, ordens terceiras, instituições de ensino e seminários.

A Paróquia da Ressurreição do Senhor esteve representada pelos seus sacerdotes: o pároco, padre Casimiro Malolepszy, e o padre Stanislaw Wilczek, que acompanharam atentamente todo o processo reflexivo e formativo.


ree

Dom Sérgio da Rocha provocou reflexões importantes


Escuta, discernimento e compromisso sinodal

Durante a assembleia, os participantes se dedicaram ao estudo do Documento Final do Sínodo, aprofundando suas orientações e refletindo sobre os caminhos para aplicá-las no contexto da Arquidiocese. O clima de partilha e discernimento comunitário reforçou o espírito sinodal que marca este novo tempo da Igreja.

Em sua reflexão, o Arcebispo Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sérgio da Rocha, destacou a importância da leitura comunitária dos textos sinodais:

“É um caminho que se percorre juntos”, ressaltou.

Ele também enfatizou a necessidade de uma Igreja atenta às realidades que a cercam, orientada por uma visão pastoral missionária:

“É certo que nós temos alguns encaminhamentos que dizem respeito ao interior da comunidade, mas deve ser em vista da missão, para ela poder ser missionária”.


ree

Lideranças de diferentes comunidades acompanharam atentas as reflexões propostas pelo arcebispo


A vitalidade de uma Igreja que se renova pelas relações

Entre as intervenções e comentários dos palestrantes ao longo do encontro, emergiu um aspecto central: a força das relações como fundamento da vitalidade e da renovação eclesial.

Foi recordado que, ao longo do caminho sinodal, “o sucessor de Pedro chegou a nós, chegou à Igreja, chegou a todos os continentes e nós o acompanhamos… junto, muitas orações, reflexões, lutas e diálogos. Mas, sobretudo, foi experimentado que são as relações que sustentam a vitalidade da Igreja, animando as suas estruturas.”

Essas reflexões reforçaram o convite a uma Igreja sinodal missionária, capaz de promover cura, arrependimento, justiça e reconciliação. A consciência de que todos são corresponsáveis pela missão apareceu como elemento fundamental.


Carismas e vocações: diversidade que gera missão

O tema dos carismas, vocações e missão teve grande destaque ao longo da assembleia. A Irmã Graça Fonseca, Mercedária Missionária, ofereceu uma síntese que marcou profundamente os participantes:

“Todos possuem um dom a oferecer. A missão nasce da diversidade e não da uniformidade. Os carismas precisam ser distribuídos e partilhados. Ninguém é dispensável”.

A partir dessa compreensão, os palestrantes reforçaram que a conversão pastoral implica renovar relações, fortalecer ministérios já existentes e criar novos onde for necessário, sempre em fidelidade ao chamado missionário. A Igreja é convidada a assumir esse dinamismo, expressando “o rosto de uma Igreja de fato sinodal, o rosto de uma Igreja de fato de Jesus Cristo”.


ree

Da esquerda para a direita: padre Stanislaw Wilczek, Patrícia Miranda e Tereza Pereira (CPP) e padre Casimiro Malolepszy



Desafios atuais e novos cenários da evangelização

Os participantes também refletiram sobre os desafios da evangelização no mundo contemporâneo, especialmente diante da transformação do tempo e do espaço provocada pelo avanço tecnológico.

Recordou-se a visão de Bento XVI, que descrevia a internet como “um grande continente a ser evangelizado”, apontando as redes sociais como espaço legítimo de missão, acolhimento e diálogo.

Outro ponto enfatizado foi a necessidade de estruturas pastorais verdadeiramente participativas. Os palestrantes reforçaram que não existe coordenação nem equipe formada por uma pessoa só, e que a prática sinodal exige corresponsabilidade concreta, evitando centralizações e favorecendo a formação contínua de equipes.


Chamado à participação e à permanência da prática sinodal

O Documento Final do Sínodo, recordado em diversos momentos, convida a Igreja a assumir as assembleias paroquiais e diocesanas como práticas ordinárias, e não eventos ocasionais. A construção de uma Igreja de comunhão passa pela valorização da Igreja local, de sua história, de suas comunidades e de todos os que nos precederam na fé.

Entre as sugestões destacadas estão:

– ampliar a participação de leigos e leigas em processos de discernimento e tomada de decisão;

– favorecer o acesso a cargos de responsabilidade nas dioceses e instituições eclesiais;

– apoiar e reconhecer os carismas e serviços da vida consagrada;

– incentivar a formação teológica e a qualificação pastoral;

– promover o Ministério da Escuta e do Acompanhamento, reconhecido como essencial para uma Igreja que deseja ser sinal de misericórdia e proximidade.


ree

A sinodalidade esteve em destaque durante todo o tempo


Conclusão: um convite para caminhar juntos

Ao longo de toda a assembleia, o que emergiu com força foi o apelo a uma Igreja mais relacional, aberta, escutante, missionária e participativa.

Como destacaram os palestrantes, “a escuta é um componente essencial de todos os aspectos da vida da Igreja”, e o processo sinodal renovou a consciência de que a missão nasce da comunhão e da corresponsabilidade.

A participação atenta dos padres Casimiro Malolepszy e Stanislaw Wilczek, junto com outras lideranças da Paróquia da Ressurreição do Senhor, reforçou o compromisso da comunidade de Ondina com esse novo tempo pastoral, guiado pela escuta, pelo serviço, pela participação e pela missão.

A assembleia encerrou-se com a convicção de que, unidos, “todos juntos pela missão”, a Igreja segue fortalecida para discernir e construir, com esperança e fidelidade, os próximos passos da evangelização na Arquidiocese de São Salvador da Bahia.


Silvana Lima (Pascom), com a colaboração de padre Casimiro Malolepszy e padre Stanislaw Wilczek (missionários redentoristas da Paróquia da Ressurreição do Senhor).

Comentários


bottom of page