As mulheres estão presentes desde o início da Igreja

Elas podem ser vistas por toda parte e sempre estiveram presentes, desde a origem da Igreja. Foi para uma mulher que Jesus mostrou, inicialmente, a verdade da ressurreição e com elas pode contar em diferentes momentos da Sua vida, a começar por Sua Mãe, Maria.

De catequista à missionária, atualmente a mulher desempenha várias funções no seio da Santa Sé, contribuindo, inclusive, em cargos de liderança, como acontece com a freira italiana Simona Brambilla, que assumiu o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, responsável por supervisionar todas as ordens religiosas católicas do mundo.

Em nível local, elas também desempenham importantes papéis, quer seja cooperando com a evangelização de diferentes maneiras ou atuando de forma mais específica, como é o caso de Ana Cecília Bastos, do grupo de formação da Paróquia da Ressurreição do Senhor.

Ana acredita na união de homens e mulheres para a construção de uma Igreja sinodal

"Pessoalmente, eu me sinto feliz por participar da vida da minha paróquia. Nunca me senti discriminada de nenhuma forma por ser mulher. Eu me sinto aceita e acolhida pelos sacerdotes e pelos paroquianos e paroquianas. Vejo que, em nossa paróquia, as mulheres têm uma presença muito viva, muito importante, em todas as atividades cotidianas", afirmou Ana, que busca seguir os passos de Cristo.

"Acho que ser mulher na Igreja é fazer uma caminhada de fé junto a todo o povo de Deus. Nesse sentido, nós, mulheres, assim como os homens, estamos peregrinando, tentando viver como Jesus viveu, amar como Jesus amou. Mulheres ou homens, jovens ou idosos, somos todos necessitados do Seu Amor e de Sua Misericórdia", salientou.

Com a consciência de que há um caminho a percorrer dentro de toda a Igreja, para que responsabilidades sejam cada vez mais partilhadas entre homens e mulheres, Ana, que também é psicóloga, alimenta a esperança de que o Espírito Santo iluminará, como vem iluminando, os pastores que conduzem os fiéis nessa direção. "Cabe a cada uma de nós, mulheres, contribuir do melhor modo possível neste caminhar juntos", sugeriu.

E essa trajetória não começou agora. Fundamentais para o nascimento do cristianismo, as mulheres marcam a história da salvação desde a antiguidade, com nomes inesquecíveis como Débora, Sara e Ester.

Mais contemporâneas, muitas santas também são lembradas pelos seus feitos e legados, construídos por amor a Jesus. É o caso de Santa Dulce dos Pobres e Madre Teresa de Calcutá. Elas e tantas outras servem de inspiração para que o valor das mulheres seja reconhecido. 

Que hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a sociedade reflita sobre o fato de homens e mulheres poderem somar esforços para a construção de uma vida e de uma Igreja calcada em valores como humildade, solidariedade, justiça e respeito.

Silvana Lima (Pascom)