Catequistas: testemunhas de fé que aproximam corações de Cristo
- PASCOM
- 30 de ago.
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No dia em que a Igreja celebra o encerramento do mês vocacional, os catequistas são lembrados de uma maneira particular, como responsáveis por tornar Cristo cada vez mais conhecido.
A cada ano, eles recebem pessoas de diferentes idades e momentos distintos na caminhada cristã e, independentemente do sacramento que cada um vai buscar, incentivam nos catequizandos, crismandos e catecúmenos, a construção de uma relação de intimidade com o Senhor.

Susi, penúltima da segunda fileira (da esquerda para a direita), faz parte da turma conduzida por José Carlos (primeiro, da direita para esquerda)
Os catequistas da paróquia falaram como se sentem com esse trabalho, que alcança e transforma profundamente a vida das pessoas, como aconteceu com Suzi Franco, que foi convidada a refletir sobre a existência de Deus após atravessar momentos desafiadores.
Ela conta que sempre teve uma fé superficial, sem saber exatamente "onde se encaixar", como relatou. Para completar, a doença, sofrimento e morte do pai trouxeram muitas dúvidas e uma crise profunda, onde chegou até a sentir raiva de Deus. "Mesmo assim, em vários momentos me senti amparada por Ele", conta ela, especialmente quando começou a frequentar o Santuário de Nossa Senhora Educadora e, onde viveu por um momento de profunda espiritualidade.

Giovana compartilha a alegria dos jovens
Ao buscar informações sobre a programação da Semana Santa, encontrou nas palavras de Tereza Pereira, que a acolheu, as respostas para os assuntos que intimamente questionava, surgindo dali uma paz até então desconhecida, reforçada por um sonho que teve no mesmo dia, onde via seu pai bem e feliz. O ponto decisivo veio com a participação na formação para leitores, promovido pela Arquidiocese de Salvador, que a fez mergulhar no conhecimento de Cristo, por meio do estudo da Bíblia e da Catequese.
"Foi o dia em que eu bati um martelo do que realmente eu quero... Porque, para você conseguir amar realmente, você precisa conhecer, certo? E para você poder conhecer, você precisa estudar. Hoje, quem vier com argumento, eu tenho realmente o embasamento suficiente para dizer porque eu sou católica. Graças a Deus", explicou ela.

A Catequese também envolve a realização de diferentes atividades
Apesar dos catequistas serem preparados e constituídos para conduzir pessoas como Susi ao encontro de sacramentos como Batismo, Primeira Eucaristia e Crisma, o sentido maior da Catequese também pode ser visto em situações como a que ocorreu no Santuário Nossa Senhora Educadora, onde houve uma transmissão de fé.
"Catequese é transmitir a fé em Jesus Cristo, no que ele ensinou, no que ele pregou, no que ele transmitiu para todos nós, com palavras e, principalmente, com exemplos de testemunho. Então, ser catequista é isso. Todos nós somos catequistas", salientou Roberto Sarmento.

Milze é grata por poder acompanhar as crianças nesse caminho de fé
Há oito anos atuando como catequista de jovens e adultos, ele descobriu sua vocação. "Eu me encontrei. Eu tenho aprendido muito. É uma experiência muito bonita e muito interessante. Eu tenho tido um crescimento muito grande. Só tenho a agradecer por ter essa turma (de jovens e adultos) e ter aprendido com ela essa experiência de transmitir e acreditar em Jesus Cristo", afirmou.
Para a catequista Giovana, o sentimento também é de gratidão. "Sou muito grata a Deus pela vocação que me confiou: a de ser catequista. É com imensa alegria que, a cada semana, preparo o encontro de Catequese. Parece uma tarefa dura, mas é muito gratificante. Há cerca de 30 anos, dedico meu tempo com turmas de crianças, adolescentes e jovens. Ao mesmo tempo que transmito a fé, também aprendo e recebo muito carinho. Não tem preço ver o crescimento dos catequizandos na fé, um presente de Deus. Não consigo mais imaginar minha vida sem a Catequese, pois ela é uma parte fundamental de quem sou", revelou.

Os pequenos participam de dinâmicas para compreensão dos valores cristãos
Outra que se tornou catequista levada por um sentimento de gratidão foi Milze Carvalho, que destaca a beleza da missão de incentivar as pessoas a amarem incondicionalmente Nosso Senhor Jesus Cristo. "É uma missão que requer entrega, dedicação, disponibilidade e sobretudo muito amor a Deus. Também é imprescindível um conhecimento mais profundo da Escritura Sagrada, além de uma postura de oração e contemplação constantes", justificou.
Para ela, o grande desafio da evangelização é se fazer presente na vida do outro, respeitando as diferenças, e praticando a humildade. "Neste contexto, o catequista atua como anunciador, aquele que anuncia a conexão entre os ensinamentos de Jesus e as ações humanas..." disse ela.

Como catequista, Taísa sente uma alegria completa
Taísa Badaró ressalta que, ao se tornar catequista, encontrou um tesouro muito valioso e o compartilha com os outros. Apesar dos desafios, na catequese ela vive, hoje, uma alegria completa. "É ter Jesus como meu melhor amigo e querer apresentá-Lo a todos. É reconhecer que, pelo Batismo, o cristão se torna discípulo e missionário — e desejar viver isso intensamente. É amar a Igreja e querer que todos a conheçam, para que também a amem. Ser catequista é mais do que evangelizar — é também se encantar ao acompanhar a caminhada de fé dos irmãos, renovando a própria fé a cada encontro com os catequizandos. Eu simplesmente amo ser catequista", garantiu.

A união com as crianças torna marcante o processo de transmissão da fé
Para José Carlos Santos Silva, coordenador da Comissão Arquidiocesana Bíblico-Catequética e primeiro da Arquidiocese de São Salvador da Bahia a receber o Ministério de Catequista, a transmissão da fé vai além da educação formal.
"Ser catequista, além de educador da fé, é fazer com que as pessoas façam a experiência com Jesus Cristo, amando-o profundamente, levando-as a se comprometerem com as mesmas causas e como Jesus na Igreja e na sociedade, sendo homens e mulheres de fé que transbordem do amor de Jesus onde quer que estejam…."
Silvana Lima (Pascom)



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