Como tudo começou...
- PASCOM
- 16 de jul. de 2023
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Ao contrário do que muitos possam acreditar, a Festa do Santíssimo Redentor teve sua origem bem antes do nascimento da congregação dos Redentoristas. A sua realização, no terceiro domingo de julho, se reporta ao ano de 1576, há exatos 156 anos antes de Santo Afonso fundar a Congregação do Santíssimo Redentor, em 1732.
Acontece que a festa encontra-se apenas no calendário especial de algumas dioceses e ordens religiosas e é celebrada com missa e ofício próprio, não constando, assim, no Missal Romano.
Mas por que, então, essa festa litúrgica foi iniciada? Antes de respondermos, lembremos da crença de que vários acontecimentos catastróficos, como terremotos, maremotos, guerras ou enfermidades, a exemplo da Covid-19, constituíram um terreno histórico para exaltar a importância da oração e da fé em Cristo Jesus.

Mas o que isso tem a ver com a origem da Festa do Santíssimo Redentor?
Em 1576, uma grande praga feriu a cidade de Veneza, na Itália, e, em poucos dias, matou milhares de pessoas. Para sanar esse flagelo, o Senado jurou erguer um imponente templo ao Redentor da humanidade e oferecer nele, todos os anos, no terceiro domingo de julho, serviços públicos e solenes celebrações de ação de graças, juramento que foi cumprido assim que a praga cessou.
A pedra fundamental da nova igreja foi lançada, então, pelo Patriarca Trevisan, em 03 de maio de 1577, e foi consagrada em 1592, a pedido do Papa Gregório XIII, sendo colocada sob a responsabilidade dos frades capuchinhos.
Por concessão do Papa Bento XIV, em 1749, a Congregação do Santíssimo Redentor soleniza esta festa de forma impar e, mesmo sendo introduzida em Roma, pelo Papa Pio VIII, por decreto de 8 de maio de 1830, e atribuída ao dia 23 de outubro pela Sagrada Congregação dos Ritos, a festa ficou mesmo sendo celebrada no terceiro domingo de julho, como nos primórdios da história.
Para todo e qualquer redentorista, celebrar essa festa é firmar a sua vocação, ao depositar sua vida em Jesus Cristo Redentor. Por serem chamados a continuar a presença de Cristo e sua missão no mundo, escolhem os Redentoristas a pessoa do Ressuscitado como centro de sua vida (Cf. Const. 23).
Dessa forma, viver e celebrar Jesus Cristo, Redentor da humanidade, coloca os redentoristas diante de todas as esferas humanas que atravessam suas dores e sofrimentos. Ele é a razão de sua missão entre as “pandemias” que tanto agridem a dignidade humana em sua totalidade. Segundo o Pe. Noel Londoño, os redentoristas possuem um modo instintivo de entender e anunciar a Redenção em Cristo, não poupando esforço algum para ajudar as pessoas a entenderem que a redenção é sempre iniciativa de Deus, que nos ama de maneiras tais que a imaginação humana possivelmente não consegue conceber, desejando em troca apenas o nosso amor.
Que o espírito da Copiosa Redenção continue a perpetuar-se na alma do nosso ser redentorista e que estejamos sempre a proclamar em alto e bom som: “Toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a Glória de Deus Pai” (Fl.2,11). Viva o Santíssimo Redentor!
Fonte: https://seminarioteresinha.com.br/por padre. Eugênio Alexandre Gomes de Sousa, C.Ss.R
Silvana Lima (PASCOM), com colaboração do padre Adão Mazur
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