Comunidades confeccionam tapetes para a passagem do Senhor

Enquanto alguns se preparavam para descansar no feriado, outros trabalhavam, animadamente, na confecção dos tapetes para o Dia de Corpus Christi, quando a Igreja celebra a instituição da Eucaristia expondo publicamente o Santíssimo Sacramento.

Foi o que aconteceu nas comunidades da Paróquia de Ondina, em um grande esforço coletivo de fé e criatividade.

Na Igreja Matriz os motivos foram do símbolo dos redentoristas ao terço de Nossa Senhora.

Já a Comunidade do Imaculado Coração de Maria destacou o ícone da sua padroeira, compondo um belo colorido.

Flores contornaram a peça feita de serragem dando um toque diferenciado à obra.

No Santuário de São Lázaro e São Roque o pedido foi de paz. É dessa forma que as intenções também podem ser manifestadas: por meio de um grande e belo apelo visual.

Os moldes foram produzidos com papelão e depois aplicados no chão. Em seguida, foram preenchidos com pó de serra colorido, cola e outros artefatos artesanais.

Na Comunidade do Sagrado Coração de Jesus o resultado não foi diferente.

A fé foi exaltada de maneira original, com a palavra destacada no tapete.

O Santuário Nossa Senhora Educadora colocou na tapeçaria de serragem a imagem da padroeira junto ao Filho Jesus.

No único dia em que o Senhor percorre as ruas, já é tradição em todo o país que o Santíssimo seja transportado em meio a essa grande diversidade de tapetes, dispostos dentro e fora das igrejas.

Afinal, é por esse caminho, adornado com formas e cores distintas, que Jesus Sacramentado vai passar. Por isso, a confecção dos tapetes guarda esse grande simbolismo, associado à importância da procissão para os católicos, já que representa a caminhada, como povo de Deus, em busca da vida eterna.

A Festa do Corpo e Sangue de Cristo teve início graças a uma freira chamada Juliana de Mont Cornillon. A religiosa belga teve visões nas quais o próprio Cristo lhe pediu uma festa anual em honra da Eucaristia.

Em 1264, o Papa Urbano publica uma bula sobre o tema, prescrevendo a celebração oficial em honra do Corpo do Senhor, na quinta-feira após a oitava de Pentecostes.

De acordo com a tradição, a oficialização da data aconteceu depois que o Papa Urbano pronunciou as palavras “Corpus Christi” diante de uma hóstia consagrada que teria sangrado em uma celebração eucarística realizada na cripta de Santa Cristina, na cidade de Bolsena.

A relíquia foi fundamental para a consagração da Festa de Corpus Christi, que teve sua primeira celebração no Brasil, em 1549, na cidade de Salvador.

Silvana Lima, com a colaboração de Caian Gonçalves e Gorette Randam (Pascom) e Ednalia (Santuário São Lázaro e São Roque)