Deus não tira férias (A Santa Missa - parte I)

Estamos em janeiro, mês geralmente dedicado às férias, ao descanso e, consequentemente, à intensificação do convívio familiar.

Nesse período, os eventos pastorais também diminuem o seu fluxo, permanecendo, porém, aquele que nos garante um espaço de aprofundamento e renovação da nossa fé: a Santa Missa. Nela, somos lembrados e lembradas do sacrifício e entrega de Jesus Cristo para a salvação de todos.

Nesse encontro, constante e diário, temos o privilégio de construirmos intimidade com Jesus por meio da Palavra e da Eucaristia.

Jesus nos espera

Especialmente com esta última, somos sustentados e sustentadas ao longo da nossa existência, independentemente de época e situação. Ele está lá, presente, nos esperando!

Para irmos ao Seu encontro, passamos por etapas que, juntas, nos conduzem por um caminho de preparação espiritual para recebê-lO em nossos corações durante a Sagrada Comunhão.

Vamos falar das características e detalhes de cada momento, em três postagens seguidas.

Para começar, lancemos um olhar sobre o templo e os fiéis.

No templo, os fiéis encontram espaço para construir intimidade com Cristo

A Igreja, com diligente solicitude, zela para que os fiéis não assistam a este mistério da fé como estranhos ou espectadores mudos. Cuida para que, bem compenetrados pelas cerimônias e pelas orações, participem consciente, piedosa e ativamente da ação sagrada, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos. (Constituição Sacrosanctum Concilium, 2.48).

A Santa Missa também pode ser campal, em situações especiais ou mesmo pela ausência de templo para a celebração.

Coroinhas, acólito(s) e toda a equipe litúrgica entram com o(s) sacerdote(s) para darem início à cerimônia

A entrada indica que o santo sacrifício da Missa vai começar. O(s) sacerdote(s), acompanhado(s) da equipe de liturgia que servirá na celebração, entra(m) pela nave central da igreja. Os fiéis, em pé, entoam o canto de entrada. É o anúncio do mistério e da festa que se vai celebrar.

O beijo do altar simboliza respeito e homenagem

Ao chegar ao altar, o primeiro gesto do celebrante é beijá-lo. O beijo do altar é uma homenagem às relíquias situadas na Pedra d'Ára do altar. O ato é como um beijo da Igreja a Cristo, a aceitação da união a seu sacrifício.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo

Em seguida, traçamos sobre nós a figura da cruz, cujo mistério vamos viver. É a saudação da assembleia, e sendo a missa um ato trinitário, invocamos a indivisível trindade à que se oferece o sacrifício.

O perdão nos aproxima de Deus

No ato penitencial, que acontece logo em seguida, os membros da assembleia expressam sua fraqueza, fazem um ato de humildade e invocam o perdão e a ajuda de Deus, a fim de poder ouvir com maior proveito Sua Palavra e comungar dignamente o Corpo de Cristo.

Escutemos com atenção

É chegada a hora das leituras e do Evangelho, constituindo um momento de instrução da assembleia na fé mediante a doutrina dos profetas e dos apóstolos. A liturgia da Palavra, por sua natureza e por sua estrutura ritual, é um diálogo entre Deus, que fala, e o povo, que escuta, responde e aceita sua manifestação. A mensagem do Evangelho é o anúncio da salvação. O Evangelho é o próprio Jesus Cristo. Somente Ele é a boa-nova da salvação que o Pai propõe aos homens de todos os tempos. Esta alegre mensagem liberta e faz os homens participarem da vida de Deus.

A meditação aprofunda a fé

Após as santas leituras, todos são convidados a meditá-las por meio da homilia , "ocasião privilegiada para se expor o mistério de Cristo no aqui e agora da comunidade, partindo dos textos sagrados, relacionando-os com o sacramento (Eucaristia) e aplicando-os à vida concreta." (Puebla n. 930).

Confira horários das Santas Missas

Continua na próxima postagem.

Fonte: Bíblia Sagrada e arquivo

Silvana Lima (Pascom)