Ele nos amou primeiro!

A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus foi celebrada na semana seguinte a da Festa do Corpus Christi. Iniciada com um momento de Adoração e oração, conduzido pelo diácono Paulo Gabriel, a missa celebrada ontem (16), às 18h, na Igreja Matriz, reuniu devotos como José Carlos Silva, que serviu como comentarista, lembrando a essência da devoção, por meio das palavras de Santo Agostinho: "Vosso coração, Jesus, foi ferido para que, na ferida visível, contemplássemos a ferida invisível de Vosso grande amor", disse ele.

Dom Marco falou do amor incondicional de Deus por nós

José Carlos falou, ainda, da importância da devoção para a Igreja, explicando que a Rede Mundial de Oração pelo Papa, Apostolado da Oração, tem como um de seus cernes a propagação da vivência e conhecimento da devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

O dia de festa foi voltado para a meditação do tema "Oração, Graça e Missão" e o lema "Corações Ardentes, Pés a Caminho", na missa presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Marco Eugênio, e concelebrada pelo pároco, padre Cristóvão Przychoki.

Lembrando também o que pede a Igreja para o dia da festa, Dom Marco iniciou a homilia destacando as características do amor de Deus, que é incondicional, imerecido, gratuito e fiel, como ele próprio explicou. "Deus se faz humanidade para nos amar com amor humano. Com o coração humano, Ele quer nos amar", frisou Dom Marco.

O bispo lembrou, ainda, de uma cena que presenciou durante uma visita à penitenciária, onde um rapaz, mesmo sendo julgado duramente por ter se envolvido em práticas ilícitas, recebeu um grande abraço do seu pai, de forma extremamente carinhosa. Dom Marco valeu-se dessa imagem para ilustrar o comportamento de Deus para conosco, que nos ama com tudo que somos e temos.

"Deus se faz humanidade, para vir junto de nós, pecadores, para que nós experimentemos o amor de Deus bem próximo de nós", disse ele.

Dom falou falou também da misericórdia de Deus como aquela que nos redime, mostrando a importância de reconhecermos na nossa fragilidade a condição que nos aproxima do Senhor. "O cristão, é aquele que, antes de qualquer obrigação de praticar atos de amor e de caridade, tem que tomar consciência de que é amado, de que é querido por Deus, e é isso que nos faz viver a experiência do temor; de fugir do pecado para não ofender Aquele a quem eu devo corresponder com amor", justificou.

Dom Marco falou, ainda, sobre a humildade como a única virtude que toca o coração de Deus e O atrai, sobre a graça recebida na reconciliação, por meio do Sacramento da Confissão, e como somos amados, apesar da nossa miséria, concluindo com trechos de uma oração que mostram como podemos retribuir todo o amor que recebemos do Pai: "[...] que a minha vida seja um prolongamento da Sua história de amor entre os homens", pediu.

José Carlos se sentiu amado por Deus

Para José Carlos, celebrar o Sagrado Coração de Jesus é celebrar o amor.

"Um amor incondicional dedicado à nós, seres humanos, não merecedores, mas de Deus misericordioso e amoroso, que vem ao nosso encontro para o simples e grandioso gesto de demonstrar que temos um Pai que nos ama e fará de tudo por nós. O Sagrado Coração de Jesus é puro transbordamento do amor de Deus que perpassa o filho e derrama em nós…"

José Carlos destacou, ainda, a presença do amor de Deus na celebração, considerada por ele como simples, mas bem preparada, e vivida com intensa entrega. Ele pontuou também o quão estavam extasiados todos que ouviram Dom Marco Eugênio, com seu jeito próprio de tocar os corações, e felizes pela acolhida sempre afetuosa do padre Cristóvão, que deixam as pessoas se sentirem em casa e amadas. "Só nos resta agradecer, a todos os envolvidos, a todos que se comprometeram com a festa, a todos os convidados, a todos que colaboraram, GRATIDÃO!"

Além dos agradecimentos, Dom Marco recebeu uma lembrança do Apostolado da Oração, abençoando, no final da celebração, medalhas do Coração de Jesus doadas pelas Filhas de Santo Antônio, que foram distribuídas na saída da igreja.

Silvana Lima (PASCOM), com a colaboração de José Carlos, do Apostolado da Oração.