Entramos na Semana Maior

“Queridos irmãos, durante as cinco semanas da Quaresma, preparamos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade”, disse padre Adão Mazur na celebração do Domingo de Ramos, às 10h, na Igreja Matriz.

O evento do Domingo de Ramos dá início a Semana Maior, como é considerada a Semana Santa, quando somos convidados a relembrar os últimos passos de Jesus aqui na Terra.

O Domingo de Ramos nos permite reviver a Sua entrada em Jerusalém, quando Ele nos traz a primeira grande lição desse tempo sagrado: a vida pede de nós simplicidade. Foi o que deixou claro o Filho de Deus ao escolher como meio de locomoção um simples jumento, animal usado pelos escravos e, por conta disso, pouco valorizado naquele lugar.

Ele também não se deixou impressionar pela manifestação daqueles que o saudavam efusivamente com os ramos de Oliveira, símbolo usado até hoje pelos fiéis para exclamarem: “Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor!”

Arúzia (quarta da esquerda para a direita) entregou seu coração a Jesus

A saudação se repetiu nas missas realizadas nas comunidades da Paróquia, onde os paroquianos lotaram os templos com seus ramos, muitos deles já abençoados pelo Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Sérgio da Rocha. Como também na procissão de Domingo de Ramos, organizada pela Arquidiocese de Salvador, do Campo Grande à Praça Municipal, às 8h do mesmo dia.

Paroquianos de Ondina, de diferentes idades, estiveram presentes na procissão, como aconteceu com a advogada Rafaela Cavalcante (30), do grupo Redescoberta (Pastoral Universitária), que celebrou o fato de voltar a participar da Semana Santa presencialmente, depois da pandemia da Covid-19.

Rafaela (terceira da direita para a esquerda, agachada) destaca a importância da participação da Semana Santa em comunidade

“Para mim foi motivo de muita alegria estar presente na Procissão de Ramos junto com meus amigos, com minha Paróquia e com tantos outros jovens. Achei tudo organizado e me senti muito feliz. É importante começarmos a Semana Santa em comunhão”, disse Rafaela, mencionando o desejo de ver esse evento crescer cada vez mais. “Que nos próximos anos tenha ainda mais pessoas participando e que a gente consiga mostrar que a Igreja é alegre e jovem também. Acho que essa é a nossa missão”, revelou.

Para padre Adão, essa é uma semana de mudança diante daquEle considerado o Rei do Universo, do amor, da humildade e do perdão. “O reino dEle não é daqui, é do outro mundo... . Esse Rei entra em Jerusalém para mudar os rumos da história”, afirmou o sacerdote, lembrando o que nos pediu o Papa Bento XVI em uma de suas mensagens escritas para a Páscoa:

“Deus se fez louco por amor. Entregou Seu Filho para morrer por mim e por você e, com esse mistério pascal, Deus manifesta esse infinito amor para conosco. É preciso descobrir e participar deste amor... . Mas não basta descobrir, é preciso retribuir este amor com a nossa vida”, justificou.

Este também é o sentimento da paroquiana Arúzia Luna, que teve oportunidade de participar como leitora de uma das celebrações do Domingo de Ramos na Paróquia, recordando a Paixão de Cristo, rito inicial das missas que são realizadas neste dia. “Enquanto assembleia, assumindo o papel das multidões, gritei ‘crucifica-o, crucifica-o’ com emoção, lembrando que Jesus morreu por nós. A cor vermelha que cobre o altar, os santos e também está nas vestes e paramentos é ligada diretamente ao sangue do Cordeiro de Deus, à Paixão e Morte de Jesus. Que tudo que Jesus sofreu injustamente (foi condenado, chicoteado, xingado, maltratado) nos faça reconhecer o papel que nossos pecados têm na Sua crucificação”, disse ela, entregando ao Senhor o seu coração. “Meu coração arde por Ti, Senhor, por Teu sacrifício de amor por nós, míseros pecadores. Perdoai-nos, meu Senhor. Te amo!”, declarou.

Silvana Lima (PASCOM), com a colaboração de Mario Brito (paroquiano).