Famílias inteiras se encontraram na Igreja Matriz (Parte I)
- PASCOM
- 23 de mai. de 2023
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Às 13h30 de domingo (21), Dia da Ascensão do Senhor, foi a vez dos paroquianos viverem momentos especiais no VI Encontro das Famílias. O evento, realizado no salão de festas da Igreja Matriz, foi organizado pela Pastoral Familiar e teve como tema "Maria, Mãe Protetora das Famílias".

A música dos jovens, Nadson Júnior e dos irmãos João Mafra e Bruno Mafra, acolheu os presentes; sendo seguida pela fala do padre Adão Mazur, que abriu o Encontro falando da importância do testemunho pelo Dia da Ascensão, ressaltando que não existe melhor testemunho de amor do que a própria família.
A pequena Maria Fernanda, com 8 anos, fez a leitura do evangelho de Mateus 5, 13-16, cuja mensagem foi reforçada pelo padre: “Vocês são sal da terra e luz do mundo, por isso essa tarde é tão importante para compartilharmos nossas dificuldades. Que as famílias se aproximem para enriquecerem-se com a experiência uma das outras e que Maria, exemplo de mãe, mulher e esposa, acompanhe todos os momentos dessa tarde”, pediu ele, chamando a todos a rezarem uma Ave Maria.
Convidada para levar uma palavra aos participantes, a psicóloga Carla Ramalho fez um paralelo entre a rica simbologia do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro com as relações familiares, à luz da psicologia.
Para começar, Carla explicou que a estrela de oito pontas, observada no ícone, mostra que Nossa Senhora é uma estrela guia para as famílias. Mostrou, ainda, que as experiências vividas no seio da família são interpretadas de forma muito particular por cada um. Essas interpretações geram pensamentos que, por sua vez, ativam emoções e determinam comportamentos com base nas nossas crenças geradas. “O problema é que nem todas as crenças são verdadeiras, o jeito de ver o que nos aconteceu pode estar sendo determinado pelo ego e não pela alma”, esclareceu a psicóloga, lembrando que Maria sempre procurou enxergar as coisas da segunda maneira.

A partir dessa constatação, Carla fez um alerta: “temos que saber testemunhar o evangelho mostrando que não podemos julgar as pessoas e nem a nós mesmos baseados, simplesmente, em crenças. Precisamos fazer uma lista de evidências para confirmar ou refutá-las. Nossa Senhora, vivendo o amor, não julgava ninguém. A gente julga porque aprendeu a fazer isso. E, como ela, precisamos viver a nossa essência”, afirmou a psicóloga.
Carla explicou, ainda, o sistema de modelação vivenciado pelas crianças, mostrando as influências do comportamento dos seus pais, tanto positiva quanto negativamente, tomando como exemplo a Sagrada Família. “Apesar de Jesus ser a encarnação do amor, ele aprendeu com Maria a amar, modelando-a. José teve uma participação muito importante, pois ele amava Maria, vendo-a como única e protegendo a família com sua humildade.
E continuou: “As crianças trazem todos os desafios do mundo, todos os dias, para resolvermos. Os pais e as mães são suas referências e precisam entender a importância que as dúvidas dos filhos têm para eles, por isso os pais precisam estar presentes”, pediu ela.

Continuando a reflexão sobre o ícone, Carla ressaltou que Maria tem os olhos fixos em Deus e também em nós e que a boca pequena simboliza o seu sagrado silêncio e sua capacidade de escuta, filtrando as coisas com a sabedoria do Espírito Santo. Em relação às mãos de Maria, uma delas está aberta, oferecendo segurança ao Menino Jesus para que enfrente as dificuldades, simbolizado pelos anjos Miguel e Gabriel no quadro. A outra mão é aquela que segura e protege Jesus. Já as sandálias desatadas representam o fio da misericórdia que liga a humanidade a Deus. “Os nossos filhos precisam permanecer ligados aos ensinamentos do Senhor”, disse ela.
Por fim, Carla falou da importância de formarmos pessoas que influenciem os outros pelo amor, como fez Nossa Senhora, não subestimando a inteligência das crianças, com a ausência de explicação que as façam entender os limites impostos. “Se vocês têm filhos pequenos, mostrem o caminho, sejam estrelas guias deles. Mostrem que as crianças têm liberdade, mas terão que assumir as consequências dos seus atos. Vocês vão direcionar o filho de vocês no mundo, como Nossa Senhora fez com Jesus. Se orientá-los, vão levar para eles o discernimento”, justificou Carla, encerrando a sua palestra com a “Oração a Maria para Obter a sua Proteção” e uma música especialmente escolhida para a ocasião.
Silvana Lima (PASCOM)
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