Formação sobre novo Missal recebe grande público na Paróquia de Ondina
- PASCOM
- 25 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Inicialmente prevista para acontecer no segundo andar da Igreja Matriz, a formação sobre a terceira edição do Missal Romano foi realizada na nave da igreja para abrigar todas as pessoas que foram conferir as mudanças dessa importante coletânea litúrgica.
O detalhamento das modificações ficou sob a responsabilidade do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Dorival Souza, que discorreu sobre a inclusão, retirada e outras alterações sofridas pelo Missal em seus textos e estrutura gráfica, já que a nova edição traz um número maior de páginas, um novo tipo de papel e o uso de cores em algumas partes do impresso.

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A formação foi aberta com a contextualização que permitiu observar a importância e o valor dos livros litúrgicos e a melhor maneira de conservá-los.
"Precisamos respeitar e venerar os livros litúrgicos e isso envolve até mesmo o lugar onde eles são guardados", explicou o bispo.

Liberada para o Brasil somente após 20 anos da sua publicação, a tradução do Missal ficou a cargo da Comissão Episcopal para a Liturgia e da Comissão para a Tradução dos Textos Litúrgicos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

As traduções em todo o mundo levaram em consideração particularidades geográficas, a exemplo da menção à Santa Dulce Lopes Pontes, nome oficialmente reconhecido da Santa Dulce dos Pobres, como mostrou Dom Dorival com o uso de slides.
Independentemente das variações regionais, porém, o bispo salientou que o Missal representa o pensamento da Igreja e, por isso, é considerado um documento eclesial.
"Quando utilizamos o Missal temos a certeza que estamos celebrando como Igreja. O Missal é fonte de espiritualidade", pontuou ele.
O palestrante esclaresceu que o exame aprofundado resultou da necessidade de aproximar mais ainda o Missal do original em latim e de enriquecer o processo litúrgico, a partir do que orienta o Papa Francisco quando diz que é preciso conhecer bem a liturgia, para celebrar bem a liturgia e viver bem essa liturgia no cotidiano.
"A liturgia nos acompanha em todos os momentos da nossa vida e da nossa caminhada", lembrou Dom Dorival.
A revisão do Missal permitiu, ainda, enriquecer a ordenação das partes da Santa Missa com o acréscimo de variações que se aplicam a ocasiões especiais ou mesmo com novas terminologias que podem ser escolhidas pelo presidente da celebração.

A flexibilidade, contudo, respeita um limite cuidadosamente ponderado pelos revisores da obra sagrada. "Se muda o que é possível. O que é de orientação divina não se muda", ressaltou Dom Dorival.
Para finalizar, o bispo falou sobre novidades mais expressivas, como a troca da expressão "homens escolhidos" por "pessoas escolhidas", na Cerimônia do Lava-Pés.

Junto com as demais mudanças, ele reconheceu que será necessário um tempo de convivência com a nova edição, para que todos se acostumem e celebrem com facilidade as novas práticas.
"A formação é permanente", afirmou Dom Dorival.
O evento foi encerrado com o agradecimento do padre Casimiro Malolepszy, missionário redentorista e pároco da Paróquia da Ressurreição do Senhor, e com a oração da Ave Maria, rezada por todos a convite de Dom Dorival.
Silvana Lima (Pascom), com a colaboração de Caian Gonçalves, Raimundo Leal e Gorette Radam
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