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Formação sobre a CF convida à reflexão

  • Silvana
  • 16 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

No último dia 13 de março, paroquianos se reuniram no Salão Irmã Dulce, na igreja Matriz, das 19h30 às 21h, com o objetivo de refletir sobre o tema proposto pela Campanha da

Fraternidade (CF) 2023: Fraternidade e Fome.


A reflexão foi realizada a partir da formação que acontece toda segunda segunda-feira do mês, e que desta vez foi conduzida por padre Maciel Pinheiro com apresentação de dados significativos e preocupantes sobre a questão da fome no Brasil e no mundo.




Maria de José de Menezes, integrante do grupo de Mães que Oram pelos Filhos, falou sobre a expectativa em relação ao evento: “espero que a formação lance luzes sobre o tema, criticado por alguns, e que me permita conhecer melhor o que é proposto pela Campanha”, disse a paroquiana, que teve o seu anseio atendido.


Maria José e outros paroquianos conheceram em detalhes a CF 2023


Abordando aspectos sociais, espirituais e governamentais, padre Maciel mostrou que o problema da fome diz respeito à nossa própria conversão, individual e coletiva, enquanto cristãos que precisam desenvolver um olhar atento, consciente e sensível para o sofrimento do próximo, especialmente dos menos favorecidos. “A CF é para todos os cidadãos de boa vontade que se juntam à Igreja para refletir sobre essa temática tão importante para a sociedade”, explicou ele.


O religioso salientou, ainda, que a fome é uma necessidade de todos os seres vivos e que alimentar é manter a vida. “A Doutrina Social da Igreja nos diz que os bens criados por Deus devem ser destinados a todos, sem exceção, e isso não está acontecendo por causa do uso exclusivo e egoísta das nossas riquezas naturais”, frisou o padre, mostrando, por meio de dados estatísticos, que a fome afeta em maior número as pessoas negras, moradoras de regiões com infraestrutura precária e com renda per capita inferior a daqueles que historicamente foram mais favorecidos pelas políticas públicas desenvolvidas ao longo da história.



“A fome não é um problema natural, é um problema estrutural e quem vive a fome vai perdendo a dignidade”, afirmou padre Maciel revelando que, no Brasil, além do problema ter como uma das causas a desigualdade social, ele também se apresenta de forma distinta nas diferentes regiões do país, tendo a Norte como aquela que apresenta o maior índice de fome e a Sul, o menor, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).


O padre também lembrou que a fome compromete o desenvolvimento de crianças que têm a sua cognição e fisiologia debilitadas pela subnutrição ou nutrição desordenada, já que a baixa remuneração dos seus cuidadores não permite o acesso a alimentos de qualidade.

Para que essa situação seja modificada, ele lançou um desafio: “como esse problema pode ser resolvido?” A partir desse questionamento, os presentes partilharam experiências pessoais sugerindo, como uma das ações de combate à fome, a ajuda que cada um pode dar a quem pede, doando um pouco do próprio alimento ou permitindo que quem necessite tenha acesso ao mesmo. “Quando alguém que precisa atravessa o meu caminho é Jesus passando por mim e hoje temos famílias inteiras na rua, pessoas que já tiveram casa, mas que não conseguiram mantê-la”, lembrou a paroquiana Mirna Machado.


Fonte: PASCOM (Silvana Lima)


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