Isso é coisa de vó!

A gente ouve muito essa frase, né? E ela é usada para falar de um amor especial, só concedido pela dádiva do tempo.

A vida segue um fluxo imutável. Nascemos, crescemos, muitos de nós nos tornamos pais e mães e também avôs e avós.

O olhar sobre a existência vai sendo modificado e aprendemos a amar de diferentes formas e "lugares".

O avô e a avó sabem bem o que é estar nesse lugar de maturidade, que permite acolher os novos frutos da sua família com a sabedoria que a longevidade traz.

Dizem que avó é mãe duas vezes, o que nos leva a crer que esse amor é, de fato, único.

Quantos de nós não o sentimos com nossos próprios avós? Não fomos acalentados por eles nas ausências temporárias ou permanentes de nossos pais? E quanto de nós fomos apresentados a Deus pelas práticas religiosas do vovô e da vovó?

E da nossa parte? Lembramos deles nas suas necessidades de afeto? Afinal, encarar a realidade da finitude sem o carinho dos seus pode ser muito doloroso.

Assistir aos nossos avós representa, ainda, a oportunidade de agradecermos pelas portas que eles abriram para nós, independentemente das dificuldades que possamos ter tido junto às nossas famílias. Sem eles, e sem as lutas que eles venceram, não estaríamos aqui.

Não por acaso, o colo de um avô e de uma avó nos faz lembrar o aconchego de Maria, o amor de Jesus e o cuidado de São José.

Que Ana e Joaquim, avós de Jesus, nos inspirem na convivência com nossos netos e netas e que Deus, na sua infinita bondade, possa abençoar todos os avôs e avós da Paróquia de Ondina.

Silvana Lima (PASCOM)