Missionários Leigos Redentoristas vivenciam retiro espiritual com foco na missão e espiritualidade afonsiana

Os Missionários Leigos Redentoristas do Núcleo Santo Afonso, na Bahia, se reúnem mensalmente nos Barris, sempre no primeiro domingo de cada mês, com atividades previstas em uma programação anual. Em agosto, no entanto, o encontro foi antecipado e teve um formato especial: um retiro espiritual realizado nos dias 2 e 3, encerrando no domingo após o almoço.

O momento de espiritualidade foi conduzido pelo padre Maciel Pinheiro, Superior da Comunidade Redentorista de São Lázaro, que refletiu sobre o tema “Missionários Leigos Redentoristas e a Espiritualidade Afonsiana”, conectando-o à celebração dos 300 anos de São Geraldo e aos pilares da Igreja: comunhão, participação e missão.

A programação começou no sábado, às 16h, com acolhida e oração do terço às 17h30. Após o jantar, houve um momento de reflexão seguido da Via Sacra, encerrando a noite com recolhimento às 22h. O domingo iniciou com oração às 7h, seguida da segunda reflexão do padre Maciel, que falou sobre a espiritualidade de Santo Afonso e os elementos essenciais de um retiro redentorista: silêncio, escuta da Palavra, encontro com Cristo, oração e conversão.

Durante sua fala, o padre destacou que ser missionário não é um título exclusivo de congregações religiosas, mas uma vocação de todo batizado. "A missão não é apenas da Igreja, é a missão de Deus. A Igreja é instrumento dessa missão", refletiu. Ele também trouxe à tona o ensinamento do Documento de Aparecida, que não separa discípulo de missionário: ser discípulo é, necessariamente, ser missionário.

Inspirado por Santo Afonso, que há mais de dois séculos já valorizava o papel do leigo na missão da Igreja — muito antes do Concílio Vaticano II —, o padre também lembrou que não é preciso partir para missões externas para viver o espírito missionário. Santa Teresinha do Menino Jesus, por exemplo, nunca saiu em missão, mas é padroeira dos missionários por viver intensamente a missão de Deus no coração da Igreja.

“Foi muito bom, muito importante, muito gratificante um momento desse para qualquer pessoa — e para mim, em particular”, afirmou Roberto Sarmento, da Pastoral da Catequese e participante do encontro.

Esse retiro reforçou não apenas a espiritualidade dos leigos redentoristas, mas também o chamado pessoal de cada batizado: ser um discípulo missionário, onde quer que esteja.

Silvana Lima (Pascom), com a colaboração de Roberto Sarmento (Pastoral da Catequese)