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"Nos ajudem a construir pontes"

  • PASCOM
  • há 6 horas
  • 3 min de leitura

Dia 8 de maio. Às 13h08, hora do Brasil, o mundo viu a aguardada fumaça branca sair da chaminé instalada na Capela Sistina, anunciando que tínhamos um novo Papa.

O americano Robert Francis Prevot, de 69 anos, escolhido no conclave que reuniu 133 cardeais, foi apresentado ao mundo com o nome de Leão XIV, no segundo dia de votação, provavelmente após o quarto escrutínio da eleição.



Assim que souberam do anúncio, pessoas de diferentes nacionalidades e religiões lotaram a Praça de São Pedro, a tempo de verem, de diferentes ângulos, o desfile e enfileiramento da guarda oficial do Vaticano como parte do protocolo de apresentação do novo Pontífice. Isso porque, o alto dos prédios monumentais, situados próximos à conhecida sacada de onde o Santo Padre abençoaria os fieis, também foi ocupado.

O Papa Leão XIV, número 267 na linha histórica, chega acompanhado de grande expectativa sobre os rumos da Igreja, exigindo dele muita sensibilidade, não só espiritual, mas também social e ecológica, haja vista os problemas ambientais enfrentados pela humanidade e fortemente abordados no papado anterior.

De cidadania peruana, obtida em 2015, o Papa Leão XIV foi nomeado Prefeito do Dicastério para os Bispos, em janeiro de 2023, pelo Papa Francisco.

O novo Papa iniciou o seu pronunciamento pedindo paz e lembrando do legado deixado pelo seu antecessor.




Confira o trecho inicial da mensagem:


"A paz esteja com todos vocês!

Irmãos e irmãs, caríssimos, essa é a primeira saudação do Cristo Ressuscitado, bom Pastor, que deu a vida pelo rebanho de Deus. Eu também gostaria que essa saudação de paz entrasse no coração de vocês, alcançasse a família de vocês e todas as pessoas onde quer que elas estejam, todos os povos, toda a Terra, que a paz esteja com vocês!

Essa é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz desarmante, humilde e perseverante, que provém de Deus, Deus que nos ama a todos, incondicionalmente.

Conservamos, guardamos ainda nos nossos ouvidos aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do Papa Francisco que abençoava Roma. O Papa que abençoava Roma e dava sua bênção para todo mundo, naquela manhã do dia da Páscoa.

Permitam-me dar prosseguimento àquela mesma bênção. Deus nos ama, Deus ama todos vocês. O mal não irá prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, juntos, de mãos dadas com Deus e uns com os outros, prossigamos.

Somos discípulos de Cristo. Cristo nos precede. O mundo precisa da sua luz. A humanidade precisa dEle como ponte para ser alcançada por Deus e por seu amor. Nos ajudem também uns aos outros, nos ajudem a construir pontes, com diálogo, com encontro, todos juntos, num único povo, sempre em paz.

Obrigado, Papa Francisco!

Quero agradecer também a todos os irmãos cardiais que me escolheram como sucessor de Pedro para caminhar junto com vocês enquanto Igreja unida sempre em busca da paz, da justiça, sempre tentando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo para proclamar o Evangelho, para ser missionários.

Sou filho de Santo Agostinho, sou agostiniano. Sou cristão e por vocês, Bispo, e, nesse sentido, como lhe disse, podemos caminhar juntos em direção àquela pátria para a qual Deus nos preparou.

Para a Igreja de Roma uma saudação especial. Precisamos tentar juntos ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogo, sempre aberta a receber, como nesta praça, com os braços abertos, todos aqueles que precisam da nossa caridade, nossa presença, o diálogo e o amor".


Além de se dirigir com carinho ao povo peruano, que acompanhou mais de perto seus últimos anos de trabalho pastoral, ele ainda pediu a intercessão da Mãe de Jesus para a nova missão, encerrando o pronunciamento com a oração da Ave Maria.


Silvana Lima (Pascom)


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