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Paróquia faz 57 anos em clima de festa!

  • PASCOM
  • 25 de jul. de 2023
  • 4 min de leitura

Atualizado: 25 de jul. de 2023



Domingo, 24 de julho de 1966. Nessa data, a Arquidiocese de Salvador ganhava mais uma paróquia: a da Ressurreição do Senhor.

Tudo começou em 1957, quando as Irmãs Filhas do Coração de Maria se deslocaram do Centro da cidade para evangelizar as favelas e os morros da região de Ondina, trabalho que se manteve nesse formato até o ano1961, quando a Arquidiocese promoveu uma grande missão em Salvador, por ocasião do jubileu de ouro do Arcebispo Dom Augusto Alvares Silva, Cardeal Primaz do Brasil.

O resultado desse movimento resultou na introdução da missa dominical, inicialmente presidida por padres capuchinhos, na garagem da Escola Santo Antônio, fundada pelas Irmãs um ano antes, vinda a se transformar no antigo Instituto Social da Bahia.

A história da Paróquia foi relembrada em vídeo produzido pela PASCOM


Com o passar do tempo e o aumento gradativo da urbanização na área, percebeu-se a necessidade de organizar o trabalho missionário sob a forma de Paróquia, o que aconteceu ainda na gestão de Dom Augusto Alvares Silva, por meio de decreto assinado pelo Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales (1964-1968), posteriormente Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil (1968-1971).

O ato também contou com a presença do então Bispo Auxiliar Dom Adriano Hipólito, do Padre Gaspar Sadoc (Vigário da Arquidiocese), do Padre Antônio Vieira (Pároco da Paróquia de Sant’Anna do Rio Vermelho) e outros religiosos, tendo a sede da Paróquia instalada na mesma garagem onde as missas eram celebradas semanalmente.



A primeira administração foi confiada aos Missionários Redentoristas da Vice Província Nordestina de Recife, tendo como responsáveis os padres holandeses Canísio Groot e Paulo Speckenbrink, que foram auxiliados pelas Irmãs Filhas do Coração de Maria, o que também atribuiu à Paróquia um enfoque acentuado no amor a Nossa Senhora, a quem os filhos de Santo Afonso, os redentoristas, chamam de Mãe do Perpétuo Socorro.

Em 1970, a Paróquia foi assumida por padres jesuítas, que deixaram como legado o avanço das obras de restauração do Santuário de São Roque e São Lázaro, que encontrava-se destruído, sem oferecer as atuais condições de celebração e moradia.

Somente em 2 de fevereiro de 1976, a Paróquia volta a ser administrada pelos Missionários Redentoristas, responsáveis pela transferência da sede improvisada para a definitiva, na Igreja Matriz, cuja pedra fundamental foi abençoada em 1989 e consagrada 11 anos depois, em 16 de dezembro de 2000, pelo então Arcebispo Dom Geraldo Majella Agnelo, tendo como pároco o atual Bispo de Coari, no Amazonas, Dom Marcos Piatek.


O amor por Maria é um diferencial na Paróquia

Atualmente, a Paróquia da Ressurreição é composta por sete comunidades: Matriz, São Lázaro e São Roque, Nossa Senhora Educadora, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria. Além dessas comunidades, mais de quarenta grupos compõem a força vida dessa grande família redentorista, entre pastorais, movimentos, ministérios, serviços e conselhos.

Toda essa trajetória de missão e evangelização foi lembrada ontem (24), na Santa Missa em Ação de Graças pelos 57 Anos da Paróquia da Ressurreição do Senhor. No altar da Igreja Matriz, os padres Cristóvão Przychoki, Adão Mazur e Maciel Pinheiro colocaram os membros da família redentorista nas mãos de Deus e no colo de Nossa Senhora, lembrando, especialmente, dos que se encontram enfermos e daqueles que já fizeram a Páscoa definitiva, a quem padre Cristóvão afirmou terem escrito belíssimos capítulos da história da Paróquia.


E foi agradecendo ao Senhor, que padre Adão relembrou momentos importantes e curiosos da trajetória da Paróquia, como a inexistência de moradia fixa para os primeiros administradores, obrigados a residir em cinco residências diferentes durante o seu primeiro ano de atuação.


As preces foram lidas por representantes das comunidades


“O aniversário da Paróquia é o momento de agradecer a Deus por essa grande graça que nós temos. Fazemos parte da Igreja de Jesus [...] e dessa comunidade particular, que é a Paróquia da Ressurreição”, disse padre Adão.
Padre Adão falou do orgulho de pertencer à Paróquia da Ressurreição do Senhor

“É uma comunidade das comunidades que se concentra, sobretudo, no fundamento da Eucaristia [...] Todos os dias essa igreja é aberta [...] para o encontro com Jesus Misericordioso, por ocasião da confissão, e também com Jesus amoroso, na Eucaristia".

O padre destacou, ainda, a natureza missionária da Paróquia como a sua razão de existir. “É um lugar que reúne e acolhe a todos, mas é um lugar que também precisa ser missionário [...] A essência de cada comunidade é evangelizar”, justificou.

Amparado pelas leituras do dia, padre Adão finalizou a homilia refletindo sobre a importância do serviço. “Jesus diz: Eu vim para servir e não para ser servido [...] 'De graça recebestes, de graça deveis dar', fala Jesus aos apóstolos. Por isso, meus amigos, participando, hoje, nessa Eucaristia [...] queremos rezar e pedir que essa Paróquia se torne cada vez mais unida, mais fraterna, mais responsável pela evangelização e mais exemplar diante dos outros”, pediu ele.


Junto aos padres Cristóvão e Maciel, Cleonice lembrou dos bons momentos da Paróquia







Após as preces, realizadas por representantes das comunidades, padre Cristovão pediu por todos que decidiram abraçar a construção da Paróquia.

“O que faz a Paróquia é o povo de Deus”, disse ele, pedindo à Nossa Senhora por todos aqueles que deixaram seu marco e que hoje se encontram em situação de sofrimento.

Logo após a missa, um pequeno vídeo, produzido pela Pastoral da Comunicação (PASCOM), foi exibido aos paroquianos, ainda no templo.

Em seguida, foi a vez de festejar no salão de festas da Igreja Matriz, com parabéns, bolo e fotos de recordação, especialmente com padre Cristóvão, que seguirá para a cidade de Bom Jesus da Lapa no final de agosto.

Para Cleonice Maria dos Santos, que viu a Paróquia nascer, o sentimento é de alegria. “Não esperava que fosse crescer tanto. Passou um filme na minha memória e sou grata a Deus pelo tanto que a Paróquia me transformou. É minha segunda casa”, disse a paroquiana.


Silvana Lima (PASCOM)




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