Paroquiano é instituído Ministro da Catequese, representando a Arquidiocese de Salvador

Na última segunda-feira (26), 26 homens e mulheres foram instituídos catequistas, em cerimônia presidida pelo Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha.

O ato solene aconteceu na Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, no dia da abertura da 61ª Assembleia Regional do Nordeste 3, do qual fazem parte as arquidioceses e dioceses da Bahia e de Sergipe, representadas na Santa Missa por seus bispos e pelos irmãos indicados para receber o Ministério da Catequese.

Entre eles estava José Carlos dos Santos Silva, representando a Arquidiocese de Salvador. Muito aplaudido, ele falou da sua emoção ao participar da cerimônia, também como paroquiano da Ressurreição do Senhor.

"Foi um momento único em nossa Igreja! Perceber e sentir o reconhecimento por este serviço, que todos os catequistas desenvolvem com muito amor nas paróquias, foranias e arquidiocese, é gratificante", revelou.

Zé Carlos, como é mais conhecido, expressou gratidão por ter recebido indicação tripla para ser o primeiro catequista da nossa arquidiocese. Além de Dom Sérgio, o Bispo Auxiliar Referencial da Catequese, Dom Dorival Barreto, e o Assessor Eclesiástico da Catequese, Padre José Carlos Ferreira Santana, sugeriram o nome de Zé Carlos para receber este ministério a nível de Regional Nordeste 3.

"Isto me deixa feliz, mas também mais comprometido com a causa da catequese em nossa arquidiocese e em nossa Paróquia da Ressurreição do Senhor. É um marco para arquidiocese, como também para nossa forania 2B e, sobretudo, para nossa paróquia", ressaltou.

O catequista foi acolhido na basílica pelo público presente e por muitos paroquianos de Ondina, que fizeram questão de acompanhar o rito da instituição pessoalmente.

"Agradeço o carinho e orações recebidas, como também agradeço a presença de todos que se fizeram presentes na Santa Missa. Deus abençoe a cada um e cada uma, e continuem rezando por mim para poder fazer o melhor na vivência deste ministério, onde eu estiver", pediu ele.

Para Dom Sérgio, de quem Zé Carlos recebeu a cruz como símbolo de unidade com Cristo, o Ministério do Catequista desafia a cada um e cada uma a conduzir sua vida e a daqueles a eles confiados, na iniciação à vida cristã, com verdade e amor, evitando cair nas armadilhas da superficialidade.

A instituição do Ministério do Catequista foi oficialmente promulgada pelo Papa Francisco, em 10 de maio de 2021, através de uma carta apostólica. Na visão do arcebispo, com este ato o Papa expressou aquilo que é o sentido da Igreja: o reconhecimento da importância do catequista e da catequista na vivência da fé.

"É ministério, por isso é serviço, sendo o ministério um serviço estável, um serviço que tem uma dimensão eclesial muito intensa, uma dimensão comunitária muito forte", ressaltou.

O cardeal destacou, ainda, a unidade como condição indispensável para o exercício dessa função.

"Exercido em nome da Igreja, com a Igreja, na Igreja, porque não há como desempenhar a missão de catequista a não ser na comunhão da Igreja", ponderou o arcebispo.

Nesse contexto, Dom Sérgio falou sobre o que é esperado de quem tem o compromisso de dar testemunho da fé que transmite.

"Catequista é chamado a ser catequista o tempo todo, não apenas em algum momento. É claro que é o momento que está exercendo de maneira mais direta esse ministério. Mas o testemunho de fé, o testemunho que é tão importante da transmissão da fé, ele deve acontecer sempre", frisou o cardeal.

Ao final da celebração, cada catequista recebeu das mãos dos seus respectivos bispos uma bíblia, representando a Palavra de Deus, finalidade última da sua atuação.

Silvana Lima (Pascom), com a colaboração de José Carlos dos Santos Silva (Ministro da Catequese)