Um adeus a quem muito se dedicou
- PASCOM
- 4 de jul. de 2023
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Ele iniciou a construção da Igreja Matriz da Paróquia da Ressurreição do Senhor e, por conta do período pandêmico, foi sepultado na presença de apenas 15 pessoas, privando a comunidade paroquial de rezar pelo seu descanso eterno e agradecer pela sua dedicação como pároco, na Paróquia de Ondina. Estamos falando do Bispo Emérito da Diocese de Itabuna, Dom Ceslau Stanula.

No último domingo (2), os restos mortais de Dom Ceslau, falecido em 14 maio de 2020, foram acolhidos na Missa de Exéquias e da Celebração Solene de São Pedro e São Paulo, realizada na Igreja Matriz. A Missa Solene foi presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Marco Eugênio e concelebrada pelo Superior Vice-Provincial, padre Roque Silva, pelo pároco da Paróquia de Ondina, padre Cristóvão Przychoki, pelos padres Adão Mazur, Maciel Pinheiro, Tadeu Mazurkiewicz e Adilson Ferreira e pelo diácono Paulo Gabriel.
No início da celebração, padre Cristóvão, que foi ordenado por Dom Ceslau, dirigiu palavras de saudação a todos, ressaltando a presença de participantes do Encontro de Casais com Cristo (ECC), movimento acompanhado de perto pelo bispo. Ele também saudou, em polonês, os familiares e confrades de Dom Ceslau que acompanharam a cerimônia por meio da internet.
Dom Marco iniciou a homilia lembrando que Pedro e Paulo foram martirizados defendendo o Evangelho e sobre estes o Senhor fundou a Sua Igreja. A narrativa foi trazida como referência para a vida de Dom Ceslau, considerado por Dom Marco como um sucessor dos dois apóstolos, na medida em que defendeu a mesma fé e anunciou o mesmo mistério que eles.
Ainda tomando por base a história dos apóstolos, Dom Marco ressaltou como São Pedro foi usado por Deus, como um instrumento para trazer e apresentar a verdade da fé, ao proclamar Jesus como Cristo, Filho de Deus Vivo. Essa verdade mostra a santidade da Igreja instituída por Jesus, composta, porém, de pecadores e para pecadores, como foram os apóstolos Pedro e Paulo e como somos todos nós, como sinalizou o bispo.
Apesar de pecadores, Dom Marco explicou que, envolvidos pela graça do amor de Deus, somos capazes de nos converter e defender a nossa Igreja como fizeram Pedro e Paulo, na certeza de que as portas do inferno não prevalecerão sobre ela, como garantiu o próprio Jesus. "A Igreja foi, é e será sempre apenas um instrumento nas mãos do Espírito Santo para continuar a obra do Senhor, garantindo a fé", lembrou ele, salientando a importância de também sermos instrumentos de fé como os apóstolos foram.

"Como São Pedro, nós também somos chamados a tomar cada vez mais consciência de que, acima de tudo, somos amados pelo Senhor, e só porque somos amados, somos capacitados a amar em Seu nome, na Sua Igreja. A nossa fragilidade vai continuar a mesma, mas é nela que o Senhor nos ama e por causa dela se entregou e se fez para nós fonte de salvação", disse ele.
E concluiu lembrando do amado redentorista, de quem todos se despediam naquele momento: "Esta foi a defesa de Dom Ceslau. Esta foi a sua vida, proclamando, constantemente, o amor de Deus, que nos transforma e que nos convida à santidade. Por ele rezemos", pediu Dom Marco.
Com a oração da Igreja pelos que faleceram, o bispo realizou a cerimônia da encomendação, seguida da execução do "Dulcíssima Esperança", canto mariano dos redentoristas, sempre cantado com alegria por Dom Ceslau. O momento foi encerrado com a oração da Ave Maria.
Silvana Lima, com a colaboração de Taísa Badaró (PASCOM)
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