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Você tem essa coragem?

  • PASCOM
  • 29 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

Os festejos juninos continuam. Dessa vez, para homenagear São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos, e de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

Esta é uma das solenidades mais antigas da Igreja, já que a festa dos dois apóstolos já era celebrada no início do século IV, com três missas. A primeira na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a segunda na Basílica de São Paulo, e a terceira nas catacumbas de São Sebastião onde ficavam as relíquias de Pedro e Paulo.

Pedro era de Betsaida, povoação situada na Galiléia, às margens do lago de Genesaré. Chamava-se Simão, e residia em Cafarnaum em companhia do irmão André, pescador, como ele. Paulo era judeu da tribo de Benjamin e chamava-se Saulo. Nasceu em Tarso, cidade da Cilícia, dois anos antes de Jesus e, por nascimento, era cidadão romano. Enviado pelo pai, que era da seita dos fariseus, foi estudar em Jerusalém na escola do rabino Gamaliel e tinha, como um dos objetivos, preparar-se para combater o cristianismo. Além da Virgem Santíssima e de São João Batista, São Pedro e São Paulo são os santos mais comemorados e com maior solenidade. Além da festa de hoje, a Igreja comemora no dia 25 de janeiro a conversão de São Paulo, no dia 22 de fevereiro, a Cátedra de São Pedro, e no dia 18 de novembro, a festa da Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo. Por muito tempo se pensou que São Pedro e São Paulo tivessem sofrido o martírio no ano 67, pois embora os fatos históricos referentes a eles sejam incontestáveis, havia muitas dúvidas quanto às datas de martírio dos dois. Hoje a grande maioria dos estudiosos da Bíblia concorda que Pedro morreu no ano 64, crucificado de cabeça para baixo e Paulo morreu decapitado no ano 67. Tudo indica também que a festa dos dois foi colocada nesse dia para ocupar o lugar de uma antiga celebração pagã que comemorava, no dia 29 de junho, a festa dos mitos Rômulo e Remo, considerados os fundadores da cidade de Roma. Apesar de Pedro e Paulo não terem sido os primeiros a levarem a fé cristã a Roma, são considerados os pais da Roma cristã.

Os dois representam grandes exemplos de conversão e de amor à pessoa de Jesus. Tomados pela mensagem de fé do Filho de Deus, deixam-se guiar por Ele e como discípulos missionários, defendem o Evangelho com as próprias vidas.

Pedro, que chegou a negar Jesus no momento da Sua Paixão, transformou-se no pilar da Sua Igreja e dela zelou até o fim dos seus dias, sendo considerado o primeiro Papa. Paulo, de perseguidor de Cristo tornou-se um ardoroso pregador da Sua Palavra, animando as comunidades da época a praticá-la com dedicação.

Hoje, a maior homenagem que talvez possamos prestar aos dois seja a de anunciar o Evangelho, com a mesma coragem e alegria com que eles o fizeram, conciliando a generosidade e o equilíbrio de Pedro com a audácia e a visão aberta e universalista de Paulo, e o amor e a fidelidade de ambos a Cristo e à sua Igreja.


Silvana Lima (PASCOM)


(Fonte: Livro Santidade Ontem e Hoje, de Zélia Vianna)

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