"Onde está o Rei? [...] Viemos adorá-lo" (Mateus 2,2)
- PASCOM
- 18 de jan. de 2024
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Quando se fala em adoração muitos de nós cristãos não entende ou não consegue fazer esta experiência devido ao pouco contato ou intimidade com esta prática e vivência de sentindo tão profundo em nossa Igreja.
E cabe a cada um nós refletir até que ponto estou reconhecendo e fazendo esta experiência deste meu Deus Salvador que deu a vida por nós e que por nós tudo se fez e fez-se carne, encarnou-se o verbo que antes de tudo já existia que, mesmo sendo Deus, como também, por ser Deus, fez-se homem afim de nos resgatar para uma vida plena Nele.

Jesus mesmo diz em Jo,14,6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai, senão por mim.” Como está a nossa intimidade e experiência com Jesus? Como estou demonstrando em minhas atitudes e ações que Ele é Deus e eu o reconheço como meu Senhor e Salvador? Como está o meu transbordamento desta experiência de amor com Jesus?
Conforme o Catecismo da Igreja Católica, nº 2096, “a adoração de Deus é o primeiro ato da virtude da religião”. Adorar a Deus é reconhecê-Lo como Deus, como Criador e Salvador, Senhor e dono de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. “Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto” (Lc 4,8), diz Jesus, citando o Deuteronômio (Dt 6,13).
O Papa João Paulo II, na Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, escreve: “A Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça. Uma comunidade cristã, que queira contemplar melhor o rosto de Cristo, (…) não pode deixar de desenvolver também esse aspecto do culto eucarístico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do corpo e sangue do Senhor”.
Já em sua carta apostólica Mane Nobiscum Domine, São João Paulo II nos apresenta o dom da Eucaristia como um grande mistério. Mistério a ser celebrado de maneira digna, que deve ser adorado e contemplado.
O cristão que não adora a Jesus sacramentado, perde um pouco e, diria até mais profundamente, perde o sentindo em ser cristão, pois Aquele que deveria ser o centro de sua vida é negligenciado em prol de muitas outras atividades.
A pessoa que se coloca em adoração está reconhecendo Jesus como único Senhor e Salvador. É uma atitude de humildade daquele que se prostra e se entrega a Ele, é ter a mesma atitude e palavras dos reis magos que vão ao encontro do Salvador: “Onde está o Rei (…). Viemos adorá-lo” (Mt 2,2). E, ao encontrarem o Menino Deus na manjedoura, prostram-se diante d’Ele e oferecem seus presentes.
Desta forma, que cada um de nós procure, de forma plena e verdadeira, ir ao encontro de Jesus Eucarístico no Santíssimo, adorando-O de corpo e alma, oferecendo os seus melhores presentes do coração, amando-O e servindo-O e demonstrando-lhe isto em todos os atos cotidianos, como resposta da vivência intima, amorosa, sigilosa e silenciosa com Jesus. Ele transforma a nossa vida como oblação ao outro num ato de fé deste contato com Jesus na Eucarístia e no Santíssimo.
Então, sempre busque participar da adoração e nela adore ao Senhor com tudo que você tiver mais sagrado e especial: o seu coração. Ame-O incondicionalmente, adore-O constantemente e, sobretudo, transborde este amor em todas as suas relações e áreas.
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José Carlos Santos Silva (Pastoral da Catequese e Apostolado da Oração), com a colaboração de Silvana Lima (PASCOM).
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